A POESIA CRISTALINA DE IOSIF LANDAU
Iosif Landau: um poeta que se distingue pela autenticidade e espontaneidade. A leitura de seus versos provoca-nos sentimentos variados, pela clareza de suas palavras e pelo forte sentido de legitimidade que delas emana. E não é esta uma das funções da poesia, transmutar sentimentos, provocar emoções?
Percorrendo o livro tive a certeza de estar lendo uma vida. O título, EU VI, demonstra a intenção do autor de se desnudar, sem pejo ou peias. Se não são imagens de sua rica vivência, seus poemas serão pelo menos instantâneos de vidas que tantas pessoas gostariam de ter vivido, imagens de sonhos entronizadas no nicho da mente de todo ser humano.
De permeio aos versos percebe-se uma rica cultura, sem afetação, espalhada em palavras que viajam livremente pela Europa, pelo interior brasileiro, pelas ruas e bairros do Rio de Janeiro, onde vive, lugares por onde passou. Recolheu e guardou na memória todos os bons e maus momentos, que fazem o tecido com que veste a sua poesia.
Iosif Landau, brasileiro naturalizado, é intrinsecamente carioca e brasileiro de alma e coração. Não esquece o seu torrão natal, a Romênia, mas deixa entrever em seus poemas o amor pela terra que adotou — e que o adotou. Sua vocação literária aflorou após os 70 anos e veio com força, amadurecida, como uma avalanche, em verso e prosa.
Tenho a honra de fazer o preâmbulo deste livro, embora com a certeza de que o livro não necessita, digamos, de prefácio. Estas linhas, portanto, não constituem um prefácio, que tem lá suas regras, talvez um pitada de crítica, a utilização de alguns termos próprios dos experts em literatura ou, quem sabe, a tentativa de enquadrar a poesia de Iosif em algum cânon específico, tão a gosto dos acadêmicos. São, e puramente isto, a oportunidade que tenho de dizer, em primeira mão e com certo grau de presunção, que este livro de Iosif Landau está pleno de lirismo que encanta, que fascina e nos leva a criar imagens em sonhos próprios.
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Em todo o correr dessas páginas, mostra-se com toda alma e corpo, encantado com a vida, apesar das crises e adversidades. Não há como ler a poesia de Iosif sem reconhecê-lo nos versos e não há, também, como não nos reconhecer nos momentos de intensa e cristalina exposição de alma. Já disse outro poeta brasileiro — e aqui repito: não há poema isento. Há é o homem, com suas virtudes e defeitos, a caminhar por esta senda existencial, cheia de sombras e percalços, mas também de muita luz, de maravilhosas portadas, onde experimentamos a fruição da vida. Por mais que o poeta queira se ausentar de sua vivência, não consegue. Não é o caso de Iosif Landau, que não tenta ausentar-se do poema. Ele o incorpora e consegue transferir para o leitor todos os sentimentos vividos (ou não). A expressividade do título, EU VI, mostra claramente que o autor não deseja camuflar a alma, nem escamotear sentimentos.
Seu estilo descritivo soa bem aos nossos ouvidos, seus versos têm o ritmo do coração e nos calam fundo. Como diz o próprio poeta, o conservadorismo, o rigor e o artesanato como o de Eliot, cansaram-no. A leitura de Kerouac levou-o aos poetas "malditos", apaixonando-se pelos seus textos, paixão consolidada pela ligação que tinham com uma das admirações do poeta, o jazz, de que é grande conhecedor. Se alguém encontrar semelhança de Iosif Landau com os poetas beat, não é mera coincidência, portanto. O motivo está evidente.
Percebe-se ainda, em seus poemas, um claro amor pela vida, em todas as suas significações e nuanças, embora lamente o envelhecimento, não porque tenha medo do curso natural da existência, mas pelas limitações que a velhice impõe ao corpo. A alma do poeta é jovem, condição claramente manifesta em sua poesia.
Escrever sobre o sentido essencial da poesia de Iosif Landau é tarefa acima de minhas forças. Apenas posso sentir — e sinto profundamente — o seu sentido. Gostaria que os leitores deixassem de lado minhas palavras e viajassem pelas páginas do livro e se embriagassem em seus versos, que falarão melhor do que quem escreve esse texto, que tem como principal galardão a felicidade de ser amigo do poeta. E amigo não fala tudo, com receio de cometer excessos. Vejam com os próprios olhos.
Iosif Landau: um poeta que se distingue pela autenticidade e espontaneidade. A leitura de seus versos provoca-nos sentimentos variados, pela clareza de suas palavras e pelo forte sentido de legitimidade que delas emana. E não é esta uma das funções da poesia, transmutar sentimentos, provocar emoções?
Percorrendo o livro tive a certeza de estar lendo uma vida. O título, EU VI, demonstra a intenção do autor de se desnudar, sem pejo ou peias. Se não são imagens de sua rica vivência, seus poemas serão pelo menos instantâneos de vidas que tantas pessoas gostariam de ter vivido, imagens de sonhos entronizadas no nicho da mente de todo ser humano.
De permeio aos versos percebe-se uma rica cultura, sem afetação, espalhada em palavras que viajam livremente pela Europa, pelo interior brasileiro, pelas ruas e bairros do Rio de Janeiro, onde vive, lugares por onde passou. Recolheu e guardou na memória todos os bons e maus momentos, que fazem o tecido com que veste a sua poesia.
Iosif Landau, brasileiro naturalizado, é intrinsecamente carioca e brasileiro de alma e coração. Não esquece o seu torrão natal, a Romênia, mas deixa entrever em seus poemas o amor pela terra que adotou — e que o adotou. Sua vocação literária aflorou após os 70 anos e veio com força, amadurecida, como uma avalanche, em verso e prosa.
Tenho a honra de fazer o preâmbulo deste livro, embora com a certeza de que o livro não necessita, digamos, de prefácio. Estas linhas, portanto, não constituem um prefácio, que tem lá suas regras, talvez um pitada de crítica, a utilização de alguns termos próprios dos experts em literatura ou, quem sabe, a tentativa de enquadrar a poesia de Iosif em algum cânon específico, tão a gosto dos acadêmicos. São, e puramente isto, a oportunidade que tenho de dizer, em primeira mão e com certo grau de presunção, que este livro de Iosif Landau está pleno de lirismo que encanta, que fascina e nos leva a criar imagens em sonhos próprios.
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Em todo o correr dessas páginas, mostra-se com toda alma e corpo, encantado com a vida, apesar das crises e adversidades. Não há como ler a poesia de Iosif sem reconhecê-lo nos versos e não há, também, como não nos reconhecer nos momentos de intensa e cristalina exposição de alma. Já disse outro poeta brasileiro — e aqui repito: não há poema isento. Há é o homem, com suas virtudes e defeitos, a caminhar por esta senda existencial, cheia de sombras e percalços, mas também de muita luz, de maravilhosas portadas, onde experimentamos a fruição da vida. Por mais que o poeta queira se ausentar de sua vivência, não consegue. Não é o caso de Iosif Landau, que não tenta ausentar-se do poema. Ele o incorpora e consegue transferir para o leitor todos os sentimentos vividos (ou não). A expressividade do título, EU VI, mostra claramente que o autor não deseja camuflar a alma, nem escamotear sentimentos.
Seu estilo descritivo soa bem aos nossos ouvidos, seus versos têm o ritmo do coração e nos calam fundo. Como diz o próprio poeta, o conservadorismo, o rigor e o artesanato como o de Eliot, cansaram-no. A leitura de Kerouac levou-o aos poetas "malditos", apaixonando-se pelos seus textos, paixão consolidada pela ligação que tinham com uma das admirações do poeta, o jazz, de que é grande conhecedor. Se alguém encontrar semelhança de Iosif Landau com os poetas beat, não é mera coincidência, portanto. O motivo está evidente.
Percebe-se ainda, em seus poemas, um claro amor pela vida, em todas as suas significações e nuanças, embora lamente o envelhecimento, não porque tenha medo do curso natural da existência, mas pelas limitações que a velhice impõe ao corpo. A alma do poeta é jovem, condição claramente manifesta em sua poesia.
Escrever sobre o sentido essencial da poesia de Iosif Landau é tarefa acima de minhas forças. Apenas posso sentir — e sinto profundamente — o seu sentido. Gostaria que os leitores deixassem de lado minhas palavras e viajassem pelas páginas do livro e se embriagassem em seus versos, que falarão melhor do que quem escreve esse texto, que tem como principal galardão a felicidade de ser amigo do poeta. E amigo não fala tudo, com receio de cometer excessos. Vejam com os próprios olhos.
Fausto Rodrigues Valle
Goiânia – Goiás
esta introduçao merece uma bela imagem, Gigi, vou buscar...encontrei uma linda foto do mar, que voce tanto gosta, mas nao é o Brasil, é Israel..porém tenho certeza que se tivesse ido, là, teria gostado tambem deste mar...afinal de contas o mar è sempre maravilhoso.
Que lindo myra! Assim pelas palavras de apresentação do poeta pude sentir um pouco mais da beleza da alma inquieta do teu irmão, por quem já sinto admiração e aprendi a gostar.
RispondiEliminaO mar de Israel pelo olhar de Dominique está lindo!Ele certamente gostou de teres postado!
Um beijo carinhoso
voce é mesmo uma grande amiga, nao sabe o quanto eu fico contente de ver que alguma resposta a este lugar que fiz...infelizmente vejo que somente voce entende e comparte...te, nos, te agradecemos de todo coraçao!!!!
RispondiEliminauma boa noite para voce, e quem sabe amanha coloco outra coisa, que meu irmao escreve neste livro sobre e para mim. E quando li, nao pode imaginar como fiquei contente e orgulhosa, eu sei, sabia que ele gosta de mim quato eu dele, mas vendo estas palavras escritas, foi um "troço"!!!
sim Dominique é uma grande fotografa, se quiser pode ver seus trabalhos em:
www.dominiquelandau.com
ela é muito mais creativa e talentosa que eu!!!!
mais beijos, minha querida,
Myra, vou ficar em falta de ler com calma, cheguei cansada da maratona de trabalho desses dias de carnaval.
RispondiEliminaA foto de Dominique está deslumbrante, ela tem muita sensibilidade e técnica para fotografar.
abraço com carinho.
beijos nosso a voces , agradecemos suas lindas palavras! que bom que estao aqui vendo, lendo...um bom dia para voces, e amanha vai ter mais de Eu Vi!!!
RispondiEliminaEsse EU VI, sem dúvida deve ser maravilhoso e a forto de Dominique, linda!beijos,chica
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